"Mais uma dissolução? Estamos superprontos!": A meio do seu mandato, a deputada do RN Alexandra Masson relembra o seu trabalho parlamentar

Selecione o idioma

Portuguese

Down Icon

Selecione o país

France

Down Icon

"Mais uma dissolução? Estamos superprontos!": A meio do seu mandato, a deputada do RN Alexandra Masson relembra o seu trabalho parlamentar

"Mais uma dissolução? Estamos superprontos!": A meio do seu mandato, a deputada do RN Alexandra Masson relembra o seu trabalho parlamentar

Entrevista: Maxime Rovello Publicado em 13/07/2025 às 16h30, atualizado em 13/07/2025 às 16h30.

Alexandra Masson foi eleita deputada em 2022 pelo partido Rally Nacional. Foto J.-FO

Eleita em 2022 pela legenda do Rally Nacional, Alexandra Masson continua seu mandato como deputada em um contexto institucional sem precedentes. Embora seu mandato terminasse em 2027, sua reeleição após a dissolução da Assembleia Nacional abriu caminho para um mandato legislativo estendido até 2029.

A deputada retomou seu trabalho parlamentar de onde parou. Com algumas mudanças: ela passou da Comissão de Desenvolvimento Sustentável e Planejamento Regional para a Comissão de Relações Exteriores, assumindo também a liderança da Federação RN 06. Tudo isso, combinado com seu papel como porta-voz nacional de seu partido, a advogada nicense tende a se consolidar como uma das principais figuras da RN nos próximos anos. A meio de seu mandato (teórico), a deputada eleita pelo 4º círculo eleitoral dos Alpes Marítimos — que inclui, nomeadamente, Menton — relembrou três anos de atuação parlamentar em uma entrevista à Nice-Matin (1) .

Deixando a dissolução de lado, como você avalia sua primeira parte do mandato?

Estou muito otimista. Na Assembleia e no meu círculo eleitoral. Trabalhamos em muitas questões substantivas e locais. O deputado ainda é um dos poucos políticos eleitos que são claramente identificados pelos eleitores e que é muito requisitado para coisas cotidianas que não necessariamente imaginamos. E está funcionando. A prova é que alcançamos a mesma pontuação no primeiro turno em 2024 que alcançamos no segundo turno em 2022. Essa é a realidade das urnas, e é um reconhecimento tremendo para minha equipe e para mim.

O papel do deputado é o que você imaginou?

Há uma diferença em relação ao que vivi quando era adido parlamentar, 20 anos atrás. Hoje, a maioria é muito fraca e muito fragmentada, o que significa que a oposição tem que trabalhar tanto quanto a maioria. Não era o caso antes. E este mandato é muito exaustivo por causa disso. Podemos vencer com a nossa presença, então temos que estar muito mobilizados, e isso é muito exaustivo. Não apenas a RN, aliás; esgota todos. Exceto a LR, que tem assentos muito curtos... Eles estão fragmentados entre si, então estão menos cansados do que nós!

E quanto ao clima geral? Está muito tenso na câmara...

Em 2022, foi bastante violento. Ficou mais calmo em 2023 e voltou a ficar tenso a partir de 2024. Devido, entre outras coisas, à política externa, que interferiu bastante desde o pogrom de 7 de outubro de 2023. Temos um grande conflito no Oriente Médio, que se somou ao da Ucrânia. Sabemos que temos uma rede radical pró-islâmica na Assembleia, que se mantém no eleitoralismo puro, e os Verdes, que se radicalizaram cada vez mais entre 2022 e 2025. A LR é fiel a si mesma... O contexto após a dissolução piorou um pouco. Mantivemos nossa trajetória, sendo cada vez mais exigentes.

O espectro da dissolução ainda paira no ar. Já faz alguns dias que isso voltou a ser uma possibilidade. Você está pensando nisso?

Se houver uma nova, estamos superprontos! Temos novas vagas de nomeações de alta qualidade. Novos rostos se somam aos antigos. Onde pode ter havido contratempos — não vamos esconder — não haverá mais. Se houver uma dissolução amanhã, daqui a um mês ou no final do ano, estaremos prontos. Este episódio foi especial. Na noite das eleições europeias, eu estava na TV para comentar o ótimo resultado da RN nas eleições. Soube da dissolução ao vivo. É uma sensação estranha que te percorre, porque você está vivendo um momento de celebração e, ao mesmo tempo, descobre que não é mais um deputado. Tivemos que voltar à campanha eleitoral no dia seguinte. Fisicamente, foi complicado.

Um caso notável?

A missão relâmpago na tempestade Alex, que resultou em uma lei [visando agilizar os procedimentos administrativos para o trabalho de reconstrução em caso de eventos climáticos (Nota do editor) , o que nem sempre acontece. Há todo o trabalho sobre transporte marítimo e aéreo que eu queria continuar, mesmo tendo mudado de comissão. E, com o Círculo Mediterrâneo que criei em 2022, não poderia perder a mudança da UNOC, que tornou possível abordar muitas questões. Tivemos pequenas vitórias, como a ratificação do acordo BBNJ (sobre a conservação e uso sustentável da diversidade biológica marinha) pelo Líbano. Essas são questões sobre as quais a RN não havia se posicionado. Não por desejo, mas precisamos de pessoas para levar essas questões adiante. Isso terá um impacto até o nível municipal, já que os prefeitos poderão emitir decretos contra o plástico.

Você defende uma ecologia dita "realista", defendendo as viagens aéreas e se opondo às restrições ambientais. Onde você traça a linha entre o realismo econômico e a emergência climática?

No plano ecológico, nunca agradaremos a todos. Sou contra a ecologia ultrapunitiva. As ZFE (zonas econômicas locais) são um bom exemplo. Pessoas sentadas em Paris estão estabelecendo perímetros onde as pessoas não podem mais dirigir um veículo térmico. Não faz sentido... Temos que equilibrar as coisas, mas alguns não têm os meios, é por isso que falo de realismo. A energia eólica custa uma fortuna, não funciona em todos os lugares e, quando você a desmonta, envolve toneladas de materiais difíceis de reciclar, tudo para obter energia que não pode ser armazenada. Se podemos fazer, fazemos, mas não sob coação e quando não faz sentido. Em ecologia, não usamos ciência e tecnologia o suficiente. Há toneladas de patentes guardadas em armários. A energia geotérmica, por exemplo, é subexplorada. Hoje, a ecologia realista significa que cada território terá que valorizar os recursos que possui.

Você se manifestou sobre a lei de imigração, especialmente em relação aos testes ósseos. Qual é a situação atual?

A lei não foi aprovada, em particular, por causa do LR (Partido Republicano), porque não partiu deles... Não envelheceu um dia. Ainda é relevante e será ainda mais eficaz nos próximos anos. Voltará à pauta. Tenho certeza disso.

O senhor é muito ativo em questões transfronteiriças. Como concilia essa posição com a linha soberanista da República da Irlanda, que frequentemente critica a cooperação europeia?

É diferente. Só porque você é um soberanista não significa que não queira conversar com seus amigos soberanistas. Cada um de nós sabe que quer defender seus territórios, mas também sabemos que podemos trabalhar juntos. Para a Europa, é diferente. Parlamentares pró-europeus não são muito transfronteiriços. Acredito que ser soberanista e patriota significa trabalhar com seu vizinho que não tem a mesma cultura e ver como criar projetos compartilhados que sejam gratificantes para ambos. Com nossos vizinhos italianos, precisamos uns dos outros. Houve ressentimentos no passado, mas hoje, há uma nova geração e novos desafios nos quais podemos encontrar complementaridades. Tudo isso não é incompatível.

1- Nossa entrevista ocorreu antes da aprovação da Lei Duplomb (que prevê, notavelmente, a reintrodução de um pesticida neonicotinoide). Como resultado, não pudemos perguntar a Alexandra Masson os motivos de seu voto a favor deste projeto de lei controverso.

Nice Matin

Nice Matin

Notícias semelhantes

Todas as notícias
Animated ArrowAnimated ArrowAnimated Arrow